terça-feira, 29 de março de 2011

10 melhores destinos lgbt do mundo segundo guia Lonely Planet

O guia de viagem Lonely Planet selecionou uma lista de dez destinos gay-friendly para 2011. São boas ideias para planejar a próxima viagem - sozinho ou acompanhado. Abaixo estão as dez melhores opções em todo o planeta:

1. São Francisco, Estados Unidos
São Francisco é a cidade gay-friendly por excelência. Bandeiras arco-íris enfeitam as janelas dos apartamentos em vários bairros da cidade. O bairro de Castro provavelmente é o reduto gay mais conhecido do mundo: tem quase todos seus bares e lojas voltados para esse público. A semana do orgulho gay também tem uma parada da diversidade lgbt, em que cerca de meio milhão de pessoas se divertem durante o último domingo de junho, mês em que ocorre o festival de cinema gay.


2. Sydney, Austrália
Em Sydney, gays e lésbicas são uma parte vital, bem-organizada e colorida da sociedade. Anfitriã dos Jogos Gays em 2002, a cidade também recebe o maior evento turístico do país, o Mardi Gras. A parada hedonista com tons políticos é seguida por mais de quinhentas mil pessoas. A vida de praia também ajuda a apimentar essa região australiana, cheia de corpos bronzeados.

3. Brighton, Inglaterra
Talvez seja por causa da associação de longa data de Brighton com a cena teatral,de qualquer forma, por mais de 100 anos, a cidade tem sido um paraíso lgbt. A comunidade gay é formada por mais de 40.000 habitantes, quase um quarto de toda a população local. O bairro de Kemptown é onde tudo acontece, com uma série de bares, hotéis, cafés, livrarias e saunas com proprietários homossexuais.

4. Amsterdã, Holanda
 Amsterdã é conhecida como a capital gay e lésbica na Europa (30% da população) possui mais de 100 bares, baladas, hotéis, livrarias, academias e todo tipo de serviço voltada para esse público. A cidade recebe também a única parada gay realizada sobre a água, nos canais da região. Em 2010, o evento reuniu, aproximadamente, 500 mil pessoas. Ainda maior é o Dia da Rainha, no dia 30 de abril, ao redor do Homomonument, dedicado aos perseguidos pelo nazismo em razão de suas preferências sexuais.



5. Berlim, Alemanha
O liberalismo lendário de Berlim gerou uma das maiores cenas lésbicas E gays no mundo. O prefeito Kmaus Woxereit declarou: "eu sou gay, e isso é uma coisa boa". Como convém a uma cidade descentralizada como Berlim, não há um distrito homossexual, embora exista um certo número de áreas gay friendly. Grandes multidões se voltam no início de junho para o Schwul-Lesbisches Strassenfest (a feira de rua gay-lés, em tradução literal), que serve de aquecimento para o Christopher Street Day, uma celebração GLBT que ocorre em várias cidades européias em junho.


6. Puerto Vallarta, México
Puerto Vallarta, no México, tem se tornado um destino do público lgbt nos últimos anos. Muitos hotéis, tours e cruzeiros na região estão voltados para o mercado homossexual. Encontre amigos e amigas na cidade em muitos dos bares de martini, boates de strip-tease e shows de drag queen.

7. Nova York, Estados Unidos
Os bairros de Chelsea e Greenwich Village em Nova York são sinônimos de vida gay. Um bom número de baladas tranquilas e bares continuam a nascer no centro de Chelsea. Todos os movimentos, sejam de arte ou de moda, são fortes em Nova York, e o movimento gay não é exceção. A parada , realizada em junho, foi a primeira desse tipo no mundo e atrai visitantes dos mais distantes locais ao evento.

8. Rio de Janeiro, Brasil
A cena gay no Rio de Janeiro é muito ativa, apesar de ser menos visível do que em cidades como São Francisco ou Sydney. Eleito em 2009 o melhor destino gay, à frente de cidades como Buenos Aires, Londres e mesmo Sydney, o Rio conta com um grande número lojas, cinemas e baladas GLBT. A rua Farme de Amoedo, em Ipanema, é considerado point na capital carioca e é um excelente local para fazer amizades, relaxando com uma bela vista para o mar.

9. Praga, República Tcheca
A boêmia cidade de Praga tem muita história e cultura. Em novembro, a capital da República Tcheca recebe um festival de filmes GLBT. Apesar da aceitação geral da cidade a casais do mesmo sexo, é uma ação segregada, e as demonstrações públicas de afeto não são aconselháveis.
  
10. Bangkok, Tailândia
O movimento  é único em Bangkok: a cultura tailandesa admite e aceita a homossexualidade. Mas, apesar de não haver discriminação, recomenda-se uma certa reserva em locais públicos. No entanto, você encontrará na cidade grande numero de karaokês, hotéis, saunas e salões de massagem voltados para a comunidade gay.


Fonte: Terra

sexta-feira, 25 de março de 2011

O primeiro Cine Pipoca do ano começa nesse sábado

Quem quer assistir a um filminho nesse final de semana poderá visitar o Grupo Dignidade que o pessoal vai fazer o primeiro Cine Pipoca de 2011. Em 2010, o grupo fez reuniões no sábado chamadas "Laços de Comunidade" e esse ano o primeiro longa-metragem a rodar no dvd vai ser "O Golpista do Ano". Os encontros acontecerão inicialmente de 15 em 15 dias com direito à pipoca, refrigerantes e colchonetes.

O filme desse sábado é uma comédia romântica sobre a vida de Steven Russell (Jim Carrey), um policial texano que decide assumir sua homossexualidade e torna-se golpista. Ao ser preso, Steven é levado a uma penitenciária estadual onde conhece Phillip Morris (Ewan McGregor), seu companheiro de cela, por quem se apaixona. A partir de então Steven tenta de todas as maneiras encontrar Morris fora da prisão e passa por situações inusitadas ao longo do filme.



Serviços

Evento: Laços de Comunidade
Quando: 26/03
Horário: 19h
Entrada: gratuita
Filme: O Golpista do Ano
Local: Sede do Grupo Dignidade
Endereço: Rua Marechal Floriano Peixoto, 366, 4 andar (em frente à praça Carlos Gomes) - Curitiba - PR






Fonte: Artemis

quinta-feira, 24 de março de 2011

Shopping em Curitiba é palco de protestos contra abuso de seguranças

A administração do Shopping Curitiba foi pega de surpresa neste sábado, dia 19, quando aproximadamente 30 adolescentes e jovens fizeram uma manifestação em frente ao estabelecimento e andaram de mãos dadas pelos corredores do centro comercial. Os jovens, da Ong Aliança Paranaense LGBT, promoveram um beijaço na frente do estabelecimento para se queixar de seguranças e funcionários de lojas que teriam proibido que os gays e lésbicas andem de mãos dadas ou troquem beijos. A censura vem acontecendo em diversos pontos da cidade e o ato era simbólico ao preconceito enfrentado de forma geral e não apenas no shopping onde foi marcada a manifestação.

Apesar do frio, 10 casais de gays e lésbicas trocaram beijos nas escadarias de acesso ao shopping, em frente à Praça Oswaldo Cruz. Cartazes e bandeiras do arco-íris chamavam a atenção de quem passava ao pequeno grupo. Segundo o gerente de operacional do Shopping Curitiba, Rubens Silvestre, o shopping desconhece qualquer reclamação de ação indesejada por parte dos seguranças e deixa claro que o estabelecimento instrui os funcionários a não discriminarem o público gay. Silvestre acompanhou a manifestação que foi pacífica e instruiu ainda os participantes a denunciarem qualquer irregularidade cometida por seguranças para o Serviço de Atendimento ao Consumidor do Shopping, para que as medidas cabíveis sejam tomadas.


Um casal de meninas adolescentes denunciou no evento que foram abordadas por um funcionário nas Livrarias Curitiba do mesmo Shopping, onde foram solicitadas a não andar de mãos dadas. Segundo elas, um funcionário as abordou e disse que “esse comportamento não é admitido dentro da loja”. As duas também não haviam registrado  queixa da atitude do vendedor e prometeram fazer a reclamação ao shopping, que dispõe de câmeras de segurança para averiguar qualquer problema que ocorrer dentro das instalações.

Fontes:
Nipo Germânica

Lado A

terça-feira, 22 de março de 2011

MS sediará o primeiro encontro de voleibol LGBT

Campo Grande (MS) sediará nos dias 7, 8, 9 e 10 de abril o 1º Meeting MS 2011 de Voleibol LGBT, disputado na categoria adulto. A realização é do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul por intermédio da Fundesporte, e conta com a parceria da Federação de Voleibol de Mato Grosso do Sul (FVMS).

Poderão participar da competição equipes compostas por gays, bissexuais e heterossexuais simpatizantes como uma alternativa de combate à homofobia e à discriminação, promovendo a cidadania e o respeito aos direitos humanos por meio do esporte. O torneio tem como objetivo também promover a troca de experiências entre os participantes do evento e a integração entre a comunidade GLS, estimulando a prática esportiva como instrumento de sociabilização e de confraternização dos atletas.

A realização dos jogos será nos períodos matutino e vespertino, no Ginásio de esportes da UFMS (Moreninho). A comissão organizadora oferecerá alojamento e alimentação para as equipes de outros Estados e cidades do interior participantes da competição.

As inscrições são limitadas. Para mais maiores informações os interessados deverão entrar em contato por: telefone (67) 8406-5245 / 9908-9456, msn: nandodovolei@hotmail.com, twitter: @nandodovolei  ou skype: wilson.anderson.de.almeida

Há oito vagas  e as seis equipes abaixo já estão confirmadas:

1 – AVQ – Campo Grande – MS

2 – Cascavel Esporte Clube – Cascavel – PR

3 – PEC / Estrelas – Primavera do Leste – MT

4 – CEBRAC – Cuiabá – MT

5 – Novo Voley / Clube Náutico – Cuiabá – MT

6 – Galaxy / AABB – Cuiabá – MT

fonte: Midia Max

quinta-feira, 3 de março de 2011

A homossexualidade pode ser apredida?

A homossexualidade é "natural" (do ponto de vista biológico)? Não é o que alguns pesquisadores acreditam. Segue trechos de entrevista interessantíssima de um sociólogo que se debruçou sobre o tema, consedida à Revista Época a alguns anos atras:

"Ninguém nasce gay ou heterossexual. O desejo sexual, ao contrário do que se imagina, não tem origem nos instintos naturais do ser humano, diz o sociólogo americano John Gagnon.


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JOHN GAGNON

Quem ele é:Sociólogo americano de 74 anos, é casado e tem quatro filhos

O que ele faz:Professor emérito da Universidade do Estado de Nova York

O que ele estuda:É um dos pioneiros no estudo sobre sexo. Publicou 12 livros e 100 artigos. Na semana passada, lançou o primeiro no Brasil, Uma Interpretação do Desejo


ÉPOCA - Existe um impulso natural nos seres humanos para fazer sexo?
John Gagnon - Não. As pessoas agem impulsivamente, sem pensar no que estão fazendo. Mas não existe um impulso natural para o sexo. Como todo mundo faz sexo, achamos que somos impelidos a isso. Em minha carreira, analisei como os atos sexuais são diferentes em épocas e lugares diversos: do Brasil de hoje à Rússia de cem anos atrás. As atividades sexuais são parecidas, mas as razões ou motivações que levam as pessoas a transar são diferentes.

ÉPOCA - Há um conflito entre nossas necessidades sexuais e a repressão imposta pela cultura?
Gagnon - Não há um conflito entre o que está dentro do indivíduo e o que a cultura diz, mas sim um conflito dentro da cultura. Entre o que as pessoas gostariam de fazer e o que é considerado apropriado. A cultura oferece diversas possibilidades. Você pode querer ter relações homossexuais, fazer sexo só no casamento, transar com uma pessoa bem jovem ou mais velha. Todas as possibilidades estão lá, mas a cultura também nos diz quais são as corretas.

ÉPOCA - A orientação sexual é socialmente determinada?
Gagnon - Sim. Existem evidências de que a homossexualidade é construída socialmente. É uma capacidade aprendida, não algo com que se nasce.

ÉPOCA - Mas essa visão social não alimenta o discurso conservador de que o gay pode virar hétero?
Gagnon - Sim, desde que os conservadores também admitam que um hétero pode virar gay. A sexualidade é mais flexível do que permitimos.

ÉPOCA - A atração sexual também é socialmente aprendida?
Gagnon - É. Nós costumamos reduzir o que achamos atraente nos outros. Há um rol de coisas que podem causar excitação sexual e a maior parte das pessoas não vê. No começo do século XX, o que homens e mulheres achavam sexy era diferente do padrão de hoje. Tudo depende da cultura, do que a pessoa aprendeu que deve desejar.

ÉPOCA - O que acha da escala Kinsey, que identifica a preferência sexual em seis estágios que variam da homossexualidade total à heterossexualidade total?
Gagnon - É um jeito interessante de pensar a sexualidade, mas deixa de lado todos os fatores sociais. Kinsey queria criar uma variável contínua, mas as pessoas vivem de modo descontínuo. Há uma diferença entre ter uma identidade sexual e uma prática sexual. Um homem que se diz gay não é homossexual apenas porque faz sexo com homens. Ser gay tem a ver com o comportamento com os amigos, a política etc. O gay é uma nova pessoa social. Há homens que só têm relações sexuais com homens, mas não se apresentam como gays porque não pensam como gays.

ÉPOCA - As fantasias sexuais também são desenhadas socialmente?
Gagnon - Sim. Ninguém inventa as próprias fantasias. Elas são partes de uma peça que as pessoas montam em sua cabeça, mas cujo enredo já está escrito. Lembro de uma vez em que andava de carro com minha filha e suas amigas de 12 anos. Elas se esqueceram de que eu estava ali e começaram a falar de suas fantasias sexuais. Uma delas disse: 'Penso em ir à praia num Porsche e caminhar na areia de mãos dadas'. A garota seguinte disse: 'Penso em ir à praia com um jovem bonito, num carro chique...'. Todas as histórias eram iguais! Se eu fosse um pai careta, teria me tranqüilizado naquele momento, pois nenhuma delas falava de sexo. Elas só sabiam o script do romance.

ÉPOCA - E por que o romance é tão importante?
Gagnon - As relações românticas datam do início da Idade Média, mas não eram sexuais. Nos anos 30, por exemplo, Judy Garland e Mickey Rooney faziam sucesso nos filmes como par romântico, mas nunca falavam em sexo. Só mais recentemente o sexo com romance se tornou importante.

ÉPOCA - Qual é sua teoria sobre papéis sexuais?
Gagnon - Os papéis são os elementos que você tem de saber para poder se relacionar com o outro. Quando quer fazer sexo, você se pergunta: é a pessoa apropriada?; é homem ou mulher?; é meu chefe?; dá para fazermos sexo na sala de casa?; fechados no escritório? A pessoa é um ser social e sabe quais situações serão aceitas. Tudo é aprendido. Não está incrustado no corpo.

ÉPOCA - Como os papéis são aprendidos?
Gagnon - As pessoas aprendem a ser sexuais da mesma maneira que aprendem a jogar futebol: praticando.

ÉPOCA - No passado, quando sexo era um tabu, como as pessoas aprendiam a exercer seus papéis sexuais?
Gagnon - Todos os filmes tinham cenas de beijo e, às vezes, uma garota ficava grávida. Muitos jovens achavam que beijar engravidava. Mas havia outras fontes de conhecimento. Os encontros duplos no drive-in, por exemplo. O casal sentado no banco da frente olhava o retrovisor para ver o que fazia o casal no banco de trás. Meninos e meninas conversavam entre si e também com amigos do mesmo sexo. Se voltarmos no tempo, quando não havia cinema, as pessoas aprendiam nos livros, observando animais ou vivendo em casa sem muita privacidade.

ÉPOCA - Várias formas de conduta sexual vêm sendo aceitas. Qual será o futuro se continuarmos a nos abrir para novas possibilidades?
Gagnon - Não vamos fazer nada fisicamente diferente. Todo mundo acha que as pessoas vão fazer mais sexo. Mas o corpo é um recurso limitado e há apenas alguns arranjos possíveis. O interessante não são as atividades físicas, mas a forma como as pessoas encaixam o sexo dentro de sua vida. O futuro não será simplesmente físico, mas cultural.

ÉPOCA - Como isso vai acontecer?
Gagnon - A próxima geração será mais racional em relação à vida sexual. Vai pensar por que o sexo é importante: se é uma fonte de prazer, o que significa estar com esta ou aquela pessoa. Ao mesmo tempo, os jovens vão perceber que sexo não é o que há de mais relevante na vida. Temos de pensar em como viver longos relacionamentos com ou sem sexo. No futuro, ficaremos melhores nisso.

ÉPOCA - E o sexo na internet?
Gagnon - A tecnologia pode tanto melhorar como piorar nossa vida sexual. Muitas vezes, quem toma Viagra não pensa se a ereção prolongada agradará ao parceiro, o usuário final. Os brinquedos sexuais e até o sexo pela internet também podem ter bons e maus usos. O problema é que não sabemos como dosá-los.

FONTE:
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI54038-15228,00-NINGUEM+NASCE+GAY.html