sábado, 28 de maio de 2011

Polêmica envolvendo kit anti-homofobia é justificável?



Após assistir ao material, a presidente do Brasil suspende a veiculação e Ministério da Educação pretende refazer o kit do projeto. Confira os vídeos na matéria e avalie se a declaração de Dilma Rousseff é válida ou não

   


Em 25 de maio a presidente Dilma Rousseff tomou uma decisão que chocou o público LGBT. Dilma suspendeu o kit anti-homofobia, que faz parte do projeto Escola Sem Homofobia, por afirmar que o material realiza "propaganda de opções sexuais" (para ouvir mais da declaração, confira o vídeo abaixo).


O kit iniciou há três anos com elaboração conjunta de mais de 500 pessoas de todas as regiões do país e foi conduzido por instituições de renome como Pathfinder do Brasil, ECOS (Comunicação em Sexualidade) e Reprolatina (Soluções Inovadoras em Saúde Sexual e Reprodutiva). O Projeto Escola Sem Homofobia também possui parceria do Governo Federal. 

O resultado dessa pesquisa - o Kit Escola Sem Homofobia com os respectivos vídeos  Probabilidade, Encontrando Bianca e Torpedo  - foi avalizado pelo Conselho Federal de Psicologia, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência e Cultura), pela UNAIDS (Programa Conjunto das Nações Unidas em HIV / AIDS), entre outras entidades nacionais e internacionais.


Como resposta a suspensão das gravações, o presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) enviou uma carta aberta a Dilma Rousseff. No texto, Toni Reis reafirma as conquistas do movimento no mandato da presidente mas também relembra a suspensão do kit anti-homofobia, que foi realizada sem a consulta dos Ministérios envolvidos, inclusive o próprio Conselho Nacional LGBT, e/ou demais pessoas diretamente envolvidas com o assunto. "Não queremos 'propaganda' da nossa 'orientação' sexual e nem da nossa identidade de gênero. Nunca pedimos isso. Todo mundo sabe que somos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Essa carta é uma reivindicação baseada nos compromissos afirmados por seu governo e nas garantias fundamentais da Constituição Federal", declara Toni Reis.

De acordo com site G1, O Ministério da Educação pretende refazer o kit do projeto “Escola sem Homofobia” e distribuir  para professores de turmas de ensino médio em mais de 6 mil escolas ainda neste ano.

E você, o que acha sobre a proposta kit sem homofobia? Você concorda, ou não, com a declaração da presidente Dilma Rousseff?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nada como sentir na pele...

"Apesar de tudo, ainda acredito na espécie humana"
(Anne Franck menina judia assassinada pelos nazistas)

Hail Mott!!!

Venho neste espaço denunciar algo muito triste e revoltante que ocorreu a minha pessoa e gostaria de fazer alguns apontamentos.
Resolvi escrever este artigo por vários motivos, mas o principal é o de tirar dúvidas a respeito de uma agressão homo/transfóbica por mim sofrida no ultimo sábado (21 de maio), quando retornava de uma festa de aniversário. E também por acreditar na enorme importância das pessoas que sofrem este tipo de violência tornarem-se portadoras do proprio grito de justiça. Na midia em geral, geralmente este tipo de assunto é apresentado por terceiros, por maus jornalistas que têm o hábito de distorcer a realidade e pior, coisificar os individuos, como se fossemos coisas, meros pedaços de carne, usados como materia para noticia. Espero não ser injusta com ninguém.

Peço desculpas por ter demorado mais de uma semana para publicar este relato, mas se demorei tanto foi pelo fato de que sofri uma terrivel pressão psicológica, a qual foi capaz de fazer fugir as palavras. E por que trata-se de um tema que não se pode apresentar com exatidão, mesmo usando todas a palavras do mundo.



Voltava apressadamente por volta das 4 horas da manhã junto a alguns companheiros, de uma festa de aniversário que havia ocorrido no Largo da Ordem, centro histórico curitibano e espaço de socialização de jovens que não têm acesso as boates e clubes de classe média, Corríamos pois um colega nosso se apresentava embriagado –nada demais, acredito- e nos dirigíamos a algum hospital ou procurávamos um modo de minimamente colocá-lo num ônibus e despachá-lo para casa em segurança. Foi nesse momento que, ao ver ao longe a aproximação de algumas pessoas, me adiantei para pedir socorro. Não sabia mas quem vinha pela rua escura (estávamos na altura do Cemitério Municipal) era meu algoz. Tinha o sangue nos olhos, as faces retorcidas pelo ódio, o ímpeto de descontar sua ira contra um alvo mais fraco.

A cena que seguiu sinceramente gostaria de esquecer. Aos gritos de “vou bater num viado, começando por esse aqui”, veio na minha direção. Tentei fugir, mas ao virar as costas senti o peso do primeiro chute, covarde, nas costas, e meu corpo caindo na calçada. Neste momento, só pensei em seguir a Cartilha : defender a cabeça e os pontos vitais, enquanto gritava pedindo por socorro e clamando misericórdia por parte dos agressores (foram 3 pelo que me contaram, na ânsia por me defender só conseguia enxergar um deles), pedia perdão desesperadamente pelo crime que havia cometido- o crime de ser “viado”, ao mesmo tempo em que jurava minha improvável inocência- por ser “trans” trajava vestimentas do “sexo oposto”, “escandalosas”, como diria a minha mãe (afinal a culpa é sempre da vítima).

2 dias depois, ainda sem rumo , transtornada pelo choque da violência e sem saber para onde me dirigir e o que fazer, fui a faculdade e lá encontrei com alguns amigos, que, indignados pela situação resolveram me acompanhar na via crucis burocrática. Passamos, em primeiro lugar, na PRAE (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) da UFPR, que não tomou rigorosamente providência nenhuma. Apesar de não estar devidamente matriculada neste semestre, o que foi pedido a instituição UFPR, não era nada além de um atendimento humanitário a alguém que precisava de um apoio simples. Como meus amigos também estão inscritos no que se convencionou como segmento LGBT, temíamos discriminação ou mesmo truculência por parte da policia quando fossemos a delegacia (o que de fato aconteceu). Mas até mesmo a isto a instituição se negou, alegando problemas burocráticos.

Não teríamos conseguido sequer registrar o Boletim de Ocorrência se não fosse a presença do professor Pedro Bodê, cujo nome faço questão de incluir no meu relato, juntamente com meus sinceros aplausos e minhas Moçoes de Louvor. O atendente do 1º teve a falta de humanidade de se negar a nos atender e registrar o caso, alegando DP que não poderia fazê-lo a menos que reconhecesse o agressor. Ora, não é função da Polícia investigar? Estamos pagando pesados impostos, para que as instituições façam “corpo-mole” ajudando na fuga desse tipo de criminoso, que, alias, faz o serviço sujo do sistema, tirando os ‘viados’ de circulação? Fico pensando nos inúmeros casos de travestis que alem de terem que se contentar com a imposição da prostituição como ganha-pão, ainda ficam a mercê de atentados deste tipo, surras com extintor, pauladas de desconhecidos, tiros, assassinados. E sempre a culpa é delas que “aprontam”.

Em meio a vociferações, ameaças simbólicas e abusos de poder, só fmos atendidos na delegacia quando entrou o professor, junto com um advogado ligado a Comissão de Direitos Humanos. Ai só faltou o delegado nos oferecer cafezinho...

Ora, sabemos que estes casos costumam ficar impunes no nosso pais. Mas na minha concepção, e posso estar muito enganada. Ao me permitir fazer a queixa os policiais não estaria me prestando nenhum favor, pelo contrário, além de serem pagos com dinheiro do contribuinte (mal pagos, muitas vezes, façamos a justa ressalva) ainda teriam com meu relato a oportunidade de prender um provável futuro assassino ou genocida homofóbico, caso houvesse vontade política. Foi pensando nisso, que numa espécie de “dever cívico” de denunciar um maníaco perigoso (vai que, em vez de um ‘viado’ ele pegue o filho de um Policial Civil, por engano), que me dirigi a delegacia.

No outro dia fui com meus amigos e o advogado fazer o exame de Corpo de Delito. Mais uma vez tive que deslocar pessoas, pois tinha medo de ser discriminada, ou de ouvir comentários “carinhosos” como aquele que teve de ouvir um colega nosso, agredido a anos atrás, da boca de uma enfermeira- “agora, vê se aprende”; ou talvez até algo pior, já que no recinto do consultório o médico teria acesso ao meu corpo. Mas tudo transcorreu como de praxe. Minha suposta identidade de gênero em momento algum fora respeitada. “’nome social’, o que é isso, mesmo?” . Mediram com uma régua os meus ferimentos, com o mesmo grau de humanidade e com o mesma objetividade científica que se mede uma rua ou um pedaço de carne. Mas, como disse, fora apenas um exame de rotina.

Só não entendo por que ate agora nem o SUS nem o IML conseguiram me garantir acesso a um raio-X do nariz, que creio ter sido fraturado. E agora permitam voltar a minha subjetividade. A uma semana que não consigo me olhar no espelho. Meu nariz torto é um símbolo, uma marca de que a “Milicia Heteronormativa” conseguiu fazer seu trabalho infame no meu corpo. Meu rosto é um aviso muito claro aos meus companheiros: “Cuidado, você pode ser o próximo”. Se o objetivo desse verdadeiro grupo de torturadores era me atingir psicologicamente e moralmente, acertaram em cheio. Tenho medo de sair a noite e até durante o dia. Deixei de freqüentar alguns eventos na faculdade, com medo de ser novamente agredida, ou me expor a alguma chacota por parte de algum colega homofóbico, politicamente correto o bastante para não destilar seu preconceito na minha frente. Cada hora do relógio, depois que o sol se põe é como um lembrete de que outro agressor, ou o mesmo, pode estar se aproximando. Ainda hoje pela manhã, quando voltava do supermercado, me vi correndo em direção a um grupo de estudantes, pois tive a sensação de estar sendo seguida por um individuo suspeito.

Vejo-me ainda mais revoltada com a situação, pois a menos de uma semana do caso de violência a que fui submetida, o Kit contra a Homofobia (que prefiro chamar de Kit anti-hipocrisia) fora cancelado pela President@ Dilma. Tenho longas criticas a fazer ao material, mas essa negativa me negaria, como profissional da educação de explicar aos meus alunos assustados o porquê da violência e a crise que sua professora estaria sofrendo. É terrível e assustador vivermos num pais no qual bandidos armados e comcerteza da impunidade, se vêm no direito de espancar outros cidadãos por motivo absolutamente torpe e não podemos sequer falar sobre a assunto por ser um “tabu” e as “criancinhas”, estudantes secundaristas criadas assistindo BBB (algumas delas serão futuramente espancadas sem saber o motivo) ,não podem discutir ‘homofobia’ em sala-de-aula.

Apoio e vejo a importância vital de se criar estatísticas cada vez mais apuradas sobre o campeão mundial de homofobia (Brasil) , mas preciso desabafar. Uma coisa é ler números frios num pedaço de papel. Outra totalmente diferente é sentir o coturno pesado do agressor, no exato momento em que desfigura violentamente o nosso rosto. Uma coisa é ter acesso a trabalhos acadêmicos que tentam explicar a motivação homofóbica de tais crimes. Outra é sentir a dor das correntadas nos braços enquanto nos agachamos junto a parede, em posição fetal, implorando por socorro e torcendo e rezando para que os agressores não puxem facas ou revólveres para “terminar ali o serviço” .

Felizmente para mim, meus companheiros acorreram em meu auxilio, me levaram a um posto de gasolina, onde recebi os primeiro cuidados, onde meu rosto foi limpo, onde tentava desesperadamente limpar meus cabelos claros tingidos de vermelho pelo sangue que jorrava de um ferimento profundo na cabeça- a população LGBT é a única que não sabe como será recebida em casa depois de um avento deste tipo e não queria deixar minha mãe preocupada. Muitos não tem essa sorte. Muitos não voltam para casa.

Espero que meu relato sirva de alerta as autoridades (mais um) você sabe onde está seu/sua filho(a)? Estaria ela ou ele procurando alguma alvo frágil para descontar sua raiva, ou sendo espancado covarde e inocentemente, simplesmente por ter um “comportamento” que alguns acham que tem o direito “divino” de punir ? E espero que as autoridades façam alguma coisa para impedir que casos destes continuem acontecendo. Seja como for aprendi da pior (ou melhor) e mais dolorosa maneira a minha grande lição sobre o que é homo/lesbo/transfobia: literalmente na ‘base do porrada’. Espero que o caro leitor ou seus próximos não precise passar pelo mesmo sofrimento.

domingo, 22 de maio de 2011

Pesquisa aponta que maioria dos americanos apóia união homoafetiva


Uma pesquisa realizada pelo Instituto Gallup comprova que a população americana está mudando de opinião quanto a união homoafetiva. Pela primeira vez, a maioria dos americanos (53%) apóia a legalização da união entre casais do mesmo sexo. A pesquisa foi realizada em maio deste ano, por meio de entrevistas telefônicas com 1.018 adultos residentes nos Estados Unidos (EUA).


A pergunta da enquete era: "você acha que o casamento entre casais homossexuais deve ou não deve ser reconhecido pela lei como válidos, fornecendo os mesmos direitos ofertados a casais heterossexuais?".A vitória das respostas afirmativas foi conquistada após 15 anos de pesquisa. A primeira enquete aconteceu em 1996 e mostrou que dois terços dos entrevistados eram contra o casamento  homossexual: apenas 27% eram a favor (mais detalhes sobre a pesquisa, confira no gráfico abaixo).




Uma possível justificativa para o aumento dos dados é a mobilização política em defesa dos direitos de homossexuais. No ano passado,  o presidente Barack Obama assinou uma lei permitindo que gays e lésbicas do exército pudessem revelar abertamente sua orientação sexual, o que contraria a antiga regra estabelecida no meio chamada de "Don't Ask, Don't Tell" (que em inglês significa, "Não Pergunte, Não Fale"). 

No entanto, a questão da legalização da união homoafetiva ainda ocorre a nível estadual. No  momento, apenas cinco estados - Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire e Vermont - e a capital americana - Washington, Distrito de Columbia - aprovaram o casamento entre homossexuais como legal . Os outros 45 estados ainda não oficializaram a união homoafetiva.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Marcha contra homofobia reúne multidão em Brasília

Mais de 5 mil pessoas participaram nesta quarta-feira (18) da 2ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, que busca a aprovação do Projeto de Lei 122, criminalizador da homofobia. O número de participantes foi divulgado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT); que organizou o evento realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.


O objetivo da passeata, realizada um dia após ao marco internacional de combate à homofobia, foi chamar a atenção das autoridades e da opinião pública para a realidade opressiva de marginalização, discriminação e exclusão social dos homossexuais em todo o mundo. A Associação também entregou à presidente em exercício da Câmara, Rose de Freitas, um abaixo-assinado com cerca de 100 mil assinaturas em apoio ao projeto aprovado na Câmara em 2006, e em análise no Senado (PLC 122/06).

Segundo o presidente do Grupo Elos LGBT e coordenador da marcha, Evaldo Amorim, os homossexuais buscam igualdade de direitos, o fim da discriminação e da violência. A  cidadania plena, reconhecimento social e respeito também estão na lista de exigências do movimento LGBT. "Somos milhões de brasileiras e brasileiros, ainda excluídos da democracia e sem nossos direitos garantidos pelas leis do País. Com essa manifestação queremos chamar atenção da sociedade e do Estado para que não mais permitam esse tipo de preconceito aos homossexuais", declarou.

Fontes: Cruzeiro do Sul

Terra  

domingo, 15 de maio de 2011

Escola de assassinos

Imagine a cena. Uma criança muito pequena é apresentada a imagem de um veado (animal) na TV e seu primo maior-de-idade se aproxima e pergunta "o que é", "é um viado", responde, "e o que você faz", "Mata!"

Pois bem, pare de imaginar e veja a cena real e revoltante que vazou no Youtube:





Diante desse espetáculo "trash" e lamentável, gostaria de indagar aos nossos políticos e a sociedade brasileira, como nossos adolescentes não podem ter acesso ao Kit Anti-Hipocrisia? Realmente, apresentar esse material e fazer este serviço de utilidade publica a crianças de 12 a 14 anos é um absurdo. Conforme as imagens comprovam, elas precisam ter acesso a isso deste a pré-escola, já que aos 2 aninhos já estão sendo trenadas a agredir e matar por suas "famílias".

Quem vai mostrar esse video no Congresso Nacional-se é que aiinda não o mostraram?

Fica ai i pedido de uma contribuinte "trans" à nossa Frente Parlamentar.

Alías, é essa sacrossanta "familia" que os senhores defendem?

Outros pequenos detalhes na matéria não me passaram desapercebidos. Por que motivo, razão ou circunstância toda vez que o menino dizia "viado", o som era cortado e tocava o classico apito? Quer dizer que para TV Itapoan, "viado" é palavrão? A idéia de "homem com homem" e "mulher com mulher" tem que ter censura?

E a psicanalista, só para variar já saiu falando besteira. Que estória é essa de "eu gestacional", que a criança já "nasce tendo querer" minha senhora? Daqui a pouco vão sair dizendo que "homofóbico já nasce homofóbico".

Por hoje é só pessoal.

Vomitem no saquinho...

sábado, 14 de maio de 2011

Primeiro beijo lésbico em rede nacional: promessa cumprida!



O canal SBT (Sistema Brasileiro de Televisão) prometeu e cumpriu: nessa semana a emissora 'novelou' o primeiro beijo lésbico da história da telinha brasileira. As personagens Marcela (Luciana Vendramini) e Marina (Giselle Tigre), da novela 'Amor e Revolução', trocaram um longo beijo na quinta-feira, dia 12. A novela, escrita por Tiago Santiago, teve quase o dobro de audiência na noite de exibição da cena citada: de 5 pontos de audiência saltou para 9. Ficou curioso(a) para ver como foi? Confira na gravação a seguir!



Projeto contra homofobia será discutido em audiência pública

Após adiamento de discussão do PLC 122/06, deputado Jair Bolsonaro e senadora Marinor Britto discutem sobre panfleto homofóbico



A votação do projeto de lei complementar 122/06, que criminaliza os atos de homofobia, aconteceria na manhã da última quinta-feira (12) na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. No entanto, o projeto foi adiado devido a representantes da frente parlamentar evangélica presentes à sessão, que exigiram adiamento alegando a necessidade de audiências públicas. Segundo a frente parlamentar evangélica, o projeto não teria sido suficientemente discutido no Congresso (mais detalhes no vídeo abaixo).




Para atender às reivindicações da bancada evangélica, Marta incluiu uma emenda permitindo que todas religiões e credos exerçam sua fé, dentro de seus dogmas, desde que não incitem a violência. "O que temos na fé é o amor e o respeito ao cidadão. Me colocaram que o problema não era intolerância nem preconceito, mas liberdade de expressão dentro de templos e igrejas. O que impede agora a votação? O que, além da intolerância, do preconceito, vai impedir a compreensão dessa lei?", questionou Marta. bnO projeto de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP) tramita há dez anos no Congresso e somente em 2006 foi aprovado no plenário da Câmara.
 
Discussão



Logo depois do adiamento da votação do PLC 122 na Comissão de Direitos Humanos do Senado, a senadora Marinor Britto, do Psol do Pará, discutiu com o deputado Jair Bolsonaro, que exibia um  panfleto com dizeres homofóbicos contra o projeto Escola sem Homofobia, do MEC. O bate-boca entre Bolsonaro e Marinor foi registrado no vídeo a seguir.


Último Segundo

Uol

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Campanhas virtuais buscam derrubar leis homofóbicas

Duas campanhas na internet estão arrecadando assinaturas contra projetos de lei homofóbicos. Uma das petições é liderada pela organização Avaaz, que busca impedir  o parlamento ugandense de votar a favor da pena de morte pela prática homossexual.

 












Segundo publicação no site, após uma manifestação global massiva em 2010  "o presidente de Uganda, Museveni, bloqueou o progresso da lei. (...) Se bloquearmos o voto por mais dois dias, até que o parlamento feche, a lei expirará".

A segunda campanha é do grupo All Out. A petição busca tornar ilegal os chamados campos de 'reeducação sexual' no estado de Terengganu, na Malásia. 66 adolescentes eram mantidos em um campo de 'reeducação' pelas autoridades de Educação  por serem afeminados. O objetivo é fazer com que os jovens não se 'tornem' homossexuais.

População de maioria muçulmana, a Malásia considera a homossexualidade um tabu. O sexo gay é crime segundo o código penal local e pode render até 20 anos de detenção. Esses 'tratamentos de reversão', como são chamados, são  aplicados em todo o mundo, principalmente por igrejas evangélicas. 

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Casal gay passa por cinco cartórios até conseguir registrar união estável

O presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, e seu companheiro, o britânico Davis Harrat, oficializaram a união estável do casal homossexual nesta segunda-feira, em um 6º Tabelionato de Curitiba (PR). Desde sexta-feira, um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) reconhecer o direito para gays, eles vêm tentando assinar o documento junto com seus advogados, mas só conseguiram nesta segunda-feira, no quinto cartório procurado.

"Entendemos que os cartórios estão inseguros pelo fato de ser uma decisão recente", disse Toni no ato de assinatura do contrato de união estável. O casal levou para o local uma bandeira do Brasil e adereços com as cores do arco-íris, símbolo da luta dos homossexuais. Aos advogados, os cartórios explicaram que aguardavam orientações sobre como proceder. Toni e David já vivem juntos há 21 anos.


Nessa mesma tarde, em outro cartório de Curitiba, no bairro Cajuru, um casal de mulheres também aproveitou para oficializar sua união estável. As duas declarações em cartório estão entre as primeiras do Brasil.

Toni e Davis deixaram o tabelionato com o documento em mãos e seguiram direto para a Vara da Infância, onde tentam, sem sucesso, adotar um casal de crianças desde 2005. Com o acordo de união estável firmado, o casal espera que a adoção seja facilitada.

Fontes:

Mais uma, só que desta vez é do Bennet


A charge acima saiu hoje, na Folha de S. Paulo. Mandou bem,  Benett!

sábado, 7 de maio de 2011

Ditadura gay, por Luiz Carvesan

O colunista da Folha de S. Paulo, Luiz Carvesan, escreveu uma crônica bem legal que discute o bafafá do momento: o reconhecimento da união estável homossexual. Abaixo está o texto do jornalista. Boa leitura (e boas risadas)!


Ditadura gay

- Quer dizer que agora a pouca-vergonha está legalizada?

- É, meu amigo, agora é a ditadura gay...

Eu ia entrando no táxi, no ponto perto de casa, quando captei o diálogo entre os dois motoristas.

No trajeto, perguntei ao taxista, meu velho conhecido:

- Que história é esta de ditadura?

- O senhor não viu que foi aprovado o casamento gay? O fim da picada...

- Mas o que isso tem a ver com ditadura?

- Tem a ver que a gente vai ser obrigado a presenciar sem-vergonhice na rua sem poder fazer nada!

- Mas fazer o quê?

- Dar uns tapas, sei lá, colocar esses barbudos desavergonhados no seu devido lugar...

- E onde é o lugar deles?

- Longe de mim - hahahahaha

- O sr. tem medo de gay?

- Medo nada, tenho, sei lá, um pouco de nojo, acho?

- É um medinho, não é não?

- Medinho de quê?

- De repente o sr. se identifica...

- Que é isso, meu amigo, eu sou espada! Se vier com coisa pro meu lado leva porrada.

- Olha que tem muito machão por aí que está louco pra sair do armário...

- Isso é verdade, mas não é meu caso. Sou casado e pai de família.

- O sr. tem algum filho gay?

- Que que é isso, o sr. é meu cliente, mas não ofende!

- Perguntar não ofende, vai... Mesmo porque até o Supremo reconhece agora a união gay...

- Não tenho não senhor, tá bom?

- E se tivesse?

- Xiiii

- Uai, e se seu filho ou sua filha chegasse em casa um dia e dissesse que é gay?

- Ia ser uma desgraça!

- O sr. ia dar porrada?

- Não ia porque nunca bati num filho meu...

- Ia botar pra fora de casa?

- Imagina! Eu amo meus filhos, tenho um casal adolescente, jamais iria ficar longe deles...

- Mesmo que fosse gay?

- Pô , mas o sr. encasquetou com essa coisa de gay, hein? Tô ficando desconfiado.

- Encasquetei com o lance da ditadura...

- Ah, isso é papo do colega lá do ponto, ele acha que os gays vão dominar o mundo, viadagem vai ser ensinada na escola. Sabe aquele deputado milico que diz isso? Então...

- Então, se seu filho fosse gay e os gays dominassem o mundo ia ser legal, né?

- Olha aqui, meu filho não é gay e os gays não vão dominar o mundo coisíssima nenhuma, viu?

- E o que vai acontecer?

- Ah, eles vão ficar mais folgados durante um tempo, mas depois todo mundo se adapita (sic)...

- Adapita como?

- Assim: casal normal, homem e mulher, quando é novo fica se agarrando, se beijando em qualquer lugar, toda hora, certo? Mas com o tempo a coisa vai esfriando e logo logo não anda nem de mão dada. Com os gays vai ser a mesma coisa, eles vão ficar de pegação e vão ficar provocando a gente, mas depois tudo vai se ajeitando...

- Jeitinho brasileiro?

- Mais ou menos. É que casamento gay também vai encher o saco, igual qualquer casamento...

- O sr. está de saco cheio no seu casamento?

- Mais ou menos, depois de quase 20 anos...

- Bem, agora o sr. pode ter um casamento gay, é até legalizado...

- Olha aqui, doutor, se o senhor não fosse meu cliente antigo...

- Ia fazer o que, me dar uma porradas?

- Ia te chamar de viado! Mas pensando bem, agora que foi legalizado, nem xingamento é mais --hahahaha.

Fonte: Folha

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Pensão, herança e adoção estão agora por lei na vida de casais homossexuais


O Supremo Tribunal Federal(STF) reconheceu nesta quinta-feira, dia 5, em decisão unânime por parte dos 10 ministros presentes, a união estável para casais homossexuais. O presidente do Supremo, Cezar Peluzo, deu o décimo e último voto a favor da união gay por volta das 20h30, após cerca de cinco horas de sessão. 

Na prática, a decisão viabiliza aos homossexuais direitos como pensão, herança e adoção. Considerado um relacionamento estável, o parceiro do mesmo sexo também poderá reconhecer a morte do outrem e assinar documentos necessários em hospitais.



Ministros Ellen Gracie e Celso de Mello no STF (Supremo Tribunal Federal) - Supremo reconhece união gay









A decisão do STF não é equivalente a uma lei sobre o assunto. O artigo 1.723 do Código Civil estabelece a união estável heterossexual como entidade familiar. O que o Supremo fez foi estender este reconhecimento a casais gays.

No entanto, se um clube vetar o nome de um(a) companheiro(a) homossexual como dependente, por exemplo, o casal pode entrar na Justiça e provavelmente ganhará a causa, pois os juízes tomarão sua decisão com base na definição do STF sobre o assunto.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sessão Pinkpoka Especial: Vitória histórica da Diversidade

Hail Butler!

Para quem ainda não sabe, uma das 2 maiores bandeiras do movimento LGBT nacional foi conquistada na tarde desta quinta-feira.

Para comemorar essa data memorável, a blog Além da Parada apresenta trailler e cena de um filme interessantíssimo "Os os Declaro Marido e Larry"

Casais homossexuais e lesbicos poderão ter acesso a União Civil, segundo o STF



Elenco:
Adam Sandler, Kevin James, Jessica Biel, Steve Buscemi, Dan Aykroyd, Ving Rhames, Richard Chamberlain, Gary Valentine, Nicholas Turturro

Sinopse:
Chuck Levine (Adam Sandler) e Larry Valentine (Kevin James) são o orgulho do Corpo de Bombeiros do Brooklyn, sendo também muito amigos e dispostos a ajudar um ao outro. Chuck é agradecido a Larry por ter salvado sua vida no trabalho e só pensa em curtir a vida. Já Larry é preocupado com o futuro e, devido a problemas burocráticos, não consegue colocar seus dois filhos como beneficiários de seu seguro de vida. Devido a isso Larry pede a Chuck que seja seu parceiro em alguns formulários, sendo que ninguém mais saberá disto. Entretanto uma burocrata zeloso desconfia do casal, o que faz com que eles tenham que se revelar para a cidade e improvisar como um apaixonado casal, que vive sob o mesmo teto.

Fonte e download:http://linkloads.blogspot.com/2010/02/eu-os-declaro-marido-e-larry-legendado.html

Comentarios:
O filme é interessantíssmo por mostrar as aventuras de dois machoes novaiorquinos que, para burlar a burocracia estatal e finger ser um casal gay. No meio da história, Chuck e Larry acabam de obrigando a conhecer o "Mundo GLS", conhecem pessoas do meio, se confrontam com os proprios medos e anseios, sentem na pele o preconceito e a opressão da sociedade heteronarmativa, mas tem as alegrias e a incrível experiencia de ver os seres humanos e a eles próprios sobre um prisma diferente.
Um tapa na cara de muita gente conservadora e preconceituosa e um convite a rever conceitos, a obra mostra de uma forma muito alegre e divertida o lado humano dos LGBTs. Mostra uma realidade que será cada vez mais comum em nosso país.

Recomendadíssimo. Um filme educativo para toda a família. Quem ainda nãi assistiu assista. Vale muito a pena

E para terminar, mais um momento divertido do filme, quando um dos colegas machões aproveita o romande de fachada para sair do armário:




POr fim, queria muito ter escrito um daqueles meus fomosos artigos sobre este momento, mas estou emocionadíssima e também quero festejar!

Agora só falta a aprovação do PLC 122, mas o passo mais dificil me parece que já foi dado.

Entre tapas e beijos

Enquanto STF adia julgamento sobre união estável gay, SBT promete primeiro beijo lésbico para próxima semana

O Supremo Tribunal Federal(STF) iniciou ontem o julgamento de duas ações que pedem o reconhecimento da união estável gay. Após as falas de nove entidades 'amigas da corte' e de mais de duas horas de discussão, o ministro Ayres Britto deu seu voto favorável ao reconhecimento da união estável entre casais do mesmo sexo. Logo após o voto do relator, que levou mais duas horas para justificar sua decisão, o ministro Cezar Peluso - presidente da corte - pediu o adiamento da votação para hoje.

Enquanto a justiça sustém a venda que não deixa reconhecer os direitos dos homossexuais, a ficção abre os roteiros para a realidade gay. A novela do SBT, 'Amor e Revolução', confirma a promessa de beijo lésbico para a próxima quarta-feira, dia 11. A advogada Marcela (Luciana Vendramini) vai beijar própria chefe Marina (Giselle Tigre), a dona do jornal 'O Brasileiro'.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sexta dia 6: "Beijaço da virada contra a homofobia!"

Evento de cybermilitância sendo chamado via Facebook. Repassem. Participem!


A Luta pelo Beijo!

Já passou da hora de gritarmos contra a intolerância e a violência. Por direitos iguais, segurança e criminalização da homofobia.

No dia 06 de maio às 18:30 será realizado o primeiro Beijaço da Virada Contra a Homofobia em Curitiba.

A Anel e a CSP-Conlutas convidam TODOS a participar! Sua presença é muito importante, mesmo que VOCÊ não sofra violência e a intolerância homofóbicas diretamente, seus amigos e familiares, pessoas amadas certamente as sentem na pele.

Chamem seus amigos, namorados, namoradas, ficantes, peguetes, vamos juntos mostrar ao mundo que carinho não machuca!