domingo, 3 de abril de 2011

Organização a favor da lei anti-homofobia já arrecadou mais de 66 mil assinaturas

A organização de base Avaaz utilizou a internet para mobilizar os internautas que são contra a homofobia. A instituição criou uma petição no site, que apóia a aprovação de lei anti-homofobia PLC 122/2006. Até a data de publicação dessa reportagem, o número de assinaturas eram mais de 66 mil.

O impulso que deu início a essa petição veio de um ataque homofóbico  ocorrido em rede nacional. O Deputado Jair Bolsonaro, do Partido Progressista do Rio de Janeiro, deu  respostas chocantes durante entrevista para o programa CQC,  do Canal Band. O quadro foi apresentado em  horário nobre de uma segunda-feira - 28 de março-. Uma das perguntas foi feita pela cantora e apresentadora Preta Gil, que questionou Bolsonaro sobre o que ele faria se seu filho casasse com uma negra e a resposta foi  enfática: "não vou discutir promiscuidade".

Na mesma entrevista, Bolsonaro ainda afirmou que torturaria seu filho se o encontrasse fumando maconha e que não pensa que seu descendente possa ser homossexual porque ele teve "boa educação" ( abaixo a entrevista na íntegra).


As declarações homofóbicas de Bolsonaro repetem as agressões praticadas contra  os integrantes da bandeira colorida. Conforme pesquisa realizada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), no ano passado 250 pessoas foram assassinadas por serem trans ou homossexuais e a Avaaz utiliza desses dados para exemplicar a utilidade da lei PLC 122/2006 . "A homofobia é real e mata. Mesmo assim não há lei que proteja pessoas GLBT da discriminação. (...) Vamos direcionar a nossa indignação contra o Bolsonaro em uma ação concreta, acabando com esse ataque à igualdade. Vamos pressionar o Congresso a aprovar a lei anti-homofobia que irá salvar vidas inocentes e ampliar proteções para todos os brasileiros", declara a Avaaz no próprio site. E acrescenta: "Nosso país sofre com uma mentalidade discriminatória retrógrada e perigosa que não reflete a sociedade que a maioria de nós quer".

Para assinar a petição basta acessar  o site da Avaaz. As assinaturas serão entregues em Brasilia com a ajuda do grupo All Out e organizações LGBT brasileiras.

Sobre a Avaaz

A Avaaz se comunica em 14 línguas, com a ajuda de uma equipe profissional em quatro continentes e voluntários por todo o planeta.  A missão  da organização é trabalhar com qualquer questão de interesse público, para garantir os valores e visões da sociedade civil global influenciando nas decisões governamentais. As causas das reivindicações vão desde pobreza global até os conflitos no Oriente Médio e mudanças climáticas. 

A comunidade  atua por meio de protestos nas ruas e pela internet.  Uma das mobilizações foi contra a legislação na Uganda que pretendia executar gays. A proposta foi derrotada graças aos protestos realizados pelo movimento. Atualmente a Avaaz realiza uma campanha contra a prática brutal de estuprar mulheres para "curá-las" do lesbianismo. 

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