NOTA; a redação do blog Alem da Parada sugere a seus leitores que antes de comparecer as urnas leia com atenção as plataformas de seus candidatos. Apoiamos o voto consciente.
(por Dorothy Lavigne)
A falsa polêmica do Beijo Gay no horário eleitoral
*Beijo Gay histórico no horário eleitoral. Aproveite para dar sua opinião.
Relutei muito em apresentar minha opinião sobre este tema, uma vez que estamos num momento de maior efervescência política, as vésperas de uma eleição presidencial, e nosso site prima pela independência e procura alguma imparcialidade. Longe de tentar promover o candidato “fulano” ou “sicrano”, trata-se de um assunto da maior importância e que não poderia deixar de ser comentado: o grande ato de subversão aos valores morais da sociedade judaico-cristã ocidental ensejado pela explicitação de carinho entre homens na propaganda política.
Para os que ainda não sabem, o embate iniciou-se com tal cena indo ao ar às 13 horas, do dia 19 de agosto, durante o programa televisivo do candidato Paulo Bufalo do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), pleiteante ao cargo de governador pelo estado de São Paulo. A idéia original do marketeiro e militante do partido Pedro Ekman era ligar o candidato a idéia de respeito a diversidade em geral, tanto que o casal homoafetivo aparece no meio de varias outras assim chamadas “minorias”, também uma mulher negra está presente, para lembrar a opressão das mulheres e da raça negra, idosos estão presentes e o filme termina com uma criança, provavelmente aludindo a esperança no porvir.
Ora, o conceito acabou “pegando”, para felicidade geral da nação LGBT. O programa do candidato Zé Maria do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), veiculado no dia 27 também acabou indo “na onda”. Prefiro acreditar que não tenho sido uma reles cópia, até por que a diferença temporal entre um programa e outro não possibilitaria, na minha opinião, qualquer forma de plágio. Pra mim fora mera coincidência ambos os partidos terem a mesma cena gravada e terem ido ao ar com certa sincronicidade. Além do que, a segunda propaganda, até onde me consta fora veiculada a nível nacional, em quanto a outra, a nível local.Além do que a propaganda do PSTU não se restringiu a mostrar um beijo gay, mas um séria de várias fotos, iniciadas com um flagrante de casamento entre homossexuais e lésbicas, provavelmente ocorrido durante um ritual na ICM- igreja da Comunidade Metropolitana.
Confira abaixo a versão do PSTU:
Analiso o momento como um marco histórico, sobre vários aspectos. Primeiro que o próprio inventor do comercial do PSOL o teria proclamado como tal. Consta que Ekman teria anunciado no seu Twitter, cerca de 10 minutos antes da atração, "Em dez minutos, a TV (...) de São Paulo vai ver o que a Globo não tem coragem de mostrar nas suas novelas".. Não poderia ser mais feliz no comentário. A mídia em geral nunca mostrou a população LGBT. Apesar de toda um discurso defendido por algumas de nossas lideranças que afirmam que a TV dá “visibilidade” a toda gama de orientações sexuais e identidades de gênero, o que a grande mídia sempre apresentou foi uma “espetacularização”, um “Freakshow” de homens e mulheres “dando selinho”, apenas para vender seus produtos a clientela “descolada”. Nunca mostrou algo parecido pois “o horário não permitia “ (embora cenas de nudez e simulações de sexo heteronormativo nunca tivessem tido qualquer restrição)
Em segundo lugar, a aparição (fantasmagórica para os conservadores e fundamentalistas) de dois homens trocando carícias diante das câmeras no horário eleitoral, é uma vitória, motivo de regozijo para a nossa comunidade. Já se tem notado, e não é de hoje, a valorização do “voto cor-de-rosa”. Os candidatos, finalmente perceberam que gay também vota. Isto por si já seria ótimo, mas a veiculação da imagem de homossexuais no horário nobre, antes da novela global, passa uma mensagem concisa: LGBTs também são cidadãos e por isso, dignos de menção e de sermos lembrados com tais. E agora, TV Globo e concorrente, qual será a desculpa?
Termino minha explanação sobre este que ao meu ver é um marco histórico importantíssimo, denunciando o conservadorismo, digo “retrogradismo” de alguns lideres fundamentalistas, que querem a toda custo tirar tais programas do ar, fundamentados unicamente no desespero imposto pela perspectiva de terem que a admitir os “anormais” e as “aberrações” como cidadãos e cidadãs, com os mesmos direitos e deveres que qualquer outro. É uma pena, algumas pessoas nunca crescem.Consta também que Pedro Ekter teria respondido que a sua intenção original não era somente "chocar a sociedade" mas promover um debate sobre a diversidade. Mas onde ele resolveu fazer isso? NO Brasil?!?
Por hoje é só. Isso é minha opinião pessoal sobre o tema.
Concorda? Discorda? Quer comentar? O espaço é seu, ocupe!
Comentario engraçadinho que li num blog critico a religião cristã:
ResponderExcluir"além do beijo gay, tem até um menino abraçando um dinossauro! que beleza.":)
Piadinhas a parte, tremei homofóbicos, hehehe